Destaques que vocês encontrará nesta leitura:
Como muito espaço nem sempre ajuda escolhas sábias
Sabedoria do frigobar
Geladeira lugar de comidas das biomas brasileiros e comidas que realmente gostamos
Essa semana tenho compartilhado mais com vocês os aprendizados a partir de uma vida mais móvel pelo Brasil e recentemente algo me surpreendeu.
Todas as casas que fiquei até agora tinham uma geladeira convencional, claro que algumas eram frost free e outras mais antigas.
Quando vi as fotos do chalé que estou em Alto Paraíso - GO notei que teríamos apenas um frigobar. Fiquei curiosa em como seria a vida com um espaço reduzido para refrigerar comida? Esse motivo até ajudou na decisão de ficar apenas 1 mês nessa casa, e agora parece que é até um motivo para ficar mais.
Estamos há quase 3 semanas aqui e quando abro o frigobar na maior parte do tempo vejo espaços vazios, me pergunto como ao ter menos espaço, temos mais espaço? Um tanto inquietante isso, não é?
Não temos ido às feiras e mercados com mais frequência. O que está acontecendo? Somado a isso estamos a 7 km da cidade, e não é assim tão fácil não se planejar e querer por exemplo pipoca ou queijo e dar uma passada rápida no mercado/feira.
Notei que a fruteira ficou grande se você der uma boa olhada agora verá tipos diferentes de banana, até uma novidade que o Pedro encontrou na feira orgânica de banana maçã misturada com prata, abacate, mexerica e limão. Temos xícaras espalhadas pela casa com água e ramos de manjericão e arranjo de capuchinha que pode ser uma PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais) em alguns lugares e com deliciosas flores comestíveis que a mim lembra agrião.
Na semana passada perguntei para as pessoas o que fariam com um espaço menor para refrigerar a comida.
Muitas responderam que nunca tinham pensado sobre isso e outras que escolheriam ter alimentos que realmente gostassem. E por que será que já não fazemos isso? Por que geladeiras grandes e alimentos que não gostamos?
Podemos chamar essas perguntas de reflexão de um frigobar.
Aposto alto que muito disso tem o dedo da mentalidade da dieta, você vai ao mercado e sempre compra alface, mas nem gosta de alface, mas tem que comer todo dia salada e alface é salada. De tempos em tempos você abre a parte inferior da geladeira e joga fora aquela alface esquecida.
Quem sabe você também compre um queijo cottage porque disseram que era mais saudável, mas você nem gosta dele, e ele fica lá tentando chamar sua atenção toda vez que abre a geladeira, mas sua boca sabe que a festa acontece com queijo serra da canastra, queijo fresco ou qualquer outro queijo que brilha seus olhos e que não mora na sua geladeira.
Esse aqui que compartilho abaixo é um requeijão de brilhar os olhos feito pela produtora Fernanda.
A sabedoria do frigobar te diz “Cultura da dieta tira o dedo da minha geladeira”, essa sabedoria também te convida a descobrir do que realmente você gosta? De doce? De salgado? De comida de sustância? De comida para fome leve?
Quem sabe as nossas geladeiras possam guardar preciosidades dos nossos biomas, alimentos que nos fazem lamber os beiços ou ainda aqueles que estamos curiosas, como é o caso de brotos aqui.
Brotos sempre me lembraram dieta, depois de dar um basta nelas mantive uma distância de segurança dos brotos, e vendo tanto nas feiras daqui fiquei curiosa, agora em casa temos compartilhado os que gostamos mais e quais menos, o campeão de gosto é broto de trevo vermelho.
Aqui tem a Capuchinha para você com o broto e o alface (também não precisamos criar birra da alface, bem acompanhada pode ficar maravilhosa)
Orientações de segurança: uma investigação de Mindful Eating pode ser leve, curiosa, inquietante e também pode levar ao transbordamento. A relação que temos como a comida diz muito sobre a nossa vida, criação e o modo de estar no mundo. Assim se qualquer investigação te levar para sobrecarga, pare o exercício, valide sua experiência e acesse sua rede de apoio como profissionais da saúde e pessoas confiáveis.
Da sua nutricionista AntiDieta, celebrando a sabedoria do frigobar com você.